domingo, 15 de maio de 2011

A adoção da Gestão de Competências como diferencial competitivo

Hoje vivemos em um mundo em que as mudanças ocorrem como num piscar de olhos, fazendo com que as pessoas busquem conhecimentos para desenvolver novos conceitos e habilidades, e assim poderem trabalhar em diversas áreas ou mesmo se tornarem mais eficazes/eficientes em seus trabalhos.

No cenário atual, onde as organizações buscam maior competitividade e diferenciação no mercado, o foco principal são as pessoas e suas mais variadas competências. Pode-se dizer que no âmbito pessoal cada pessoa pode desenvolver-se, descobrindo novas aptidões. Em muitos casos, essa necessidade de competência, de certo modo imposta pela realidade, faz com que cada um corra atrás de novos conhecimentos e, assim, busque desenvolver habilidades que quando colocadas em prática produzem uma realização pessoal que não pode ser medida ou calculada.

Essa busca constante por conhecimento e desenvolvimento pessoal fez com que algumas organizações atuais descobrissem dentro delas verdadeiros talentos. Isto, somado com a velocidade das mudanças globais, criou dentro dessas organizações a necessidade de gerir esses talentos, administrar novos conhecimentos e alocá-los de maneira correta. Com essa nova tendência, há a necessidade de aprender a lidar com essa realidade, na qual os recursos intangíveis deixaram de ficar em segundo plano e passaram a ser reconhecidos como garantia de sucesso de uma organização.

Mas como podemos definir o que é a Gestão de Competências e por que ela surgiu no meio empresarial?
Respondendo ao questionamento que aflige muitos gestores, empresários, grandes líderes e profissionais da área de RH, pode-se afirmar que a Gestão de Competências surgiu devido: à necessidade urgente de dar resposta para a superação da concorrência num mercado globalizado; às exigências por agilidade; à diferenciação contínua e à criação do conhecimento para lidar com questões inéditas e surpreendentes que surgem a cada dia no contexto organizacional.

Quando falamos em Gestão de Competências estamos falando das Competências Organizacionais. Podemos conceituá-la como sendo uma metodologia que busca superar a concorrência, diferenciando a organização e criando uma vantagem competitiva sustentável. Analisando pelo lado humano, a Gestão de Competências é necessária para o desenvolvimento do trabalho, seja individual ou das equipes e que são responsáveis pelo alcance do sucesso empresarial.
A competência está relacionada ao desenvolvimento do trabalho e é focada no Conhecimento, nas Habilidades e nas Atitudes das pessoas e se referem basicamente aos atos de Pensar, Fazer e Ser.
Numa linguagem empresarial, pode-se definir Gestão de Competências como um modelo de Gestão de Pessoas que vem sendo desenvolvido teoricamente, mas ainda pouco disseminado nas organizações brasileiras como ferramenta integrada à estratégia organizacional e à Gestão do Conhecimento.
Mas como podemos definir gestão? - Gestão é o ato de gerir, administrar, organizar, planear e liderar um projeto, pessoas de uma equipe ou uma organização.
Pode-se estabelecer uma relação próxima entre gestão e três outros aspectos básicos que contribuem para a excelência do conceito, que são: os conhecimentos, as habilidades e as atitudes que uma pessoa possui. O conhecimento tem relação com a formação acadêmica, o conhecimento teórico. Já a habilidade está ligada ao prático, à vivência e ao domínio do conhecimento. E a Atitude representa as emoções, os valores e os sentimentos das pessoas, isto é, o comportamento humano. Sendo assim, esses elementos contribuem para o desenvolvimento da Gestão de Competências no meio empresarial.

Com o passar dos anos, as empresas estão entendendo que somente a avaliação técnica de uma pessoa, baseado nos conhecimentos e nas habilidades que a mesma já possui, não são suficientes para dizer se ela será um profissional que atende a todas às exigências de um determinado cargo e às expectativas do mercado atual. Notou-se, então, a importância de se conhecer o perfil comportamental do indivíduo, visando otimizar os recursos humanos disponíveis nas organizações.

Como elaborar um modelo de Gestão de Competências que atenda às necessidades da organização? Faz-se necessário adotar algumas premissas básicas que balizarão as ações gerenciais. São elas:
  • *Conscientização de que cada tipo de organização necessita de pessoas com perfis específicos e que cada posto de trabalho existente na empresa tem características próprias e deve ser ocupado por profissionais que apresentem um determinado perfil de competências.
  • Reconhecimento de que aqueles que ocupam funções de liderança são responsáveis pela oferta de oportunidades que permitam o desenvolvimento e a aquisição de novas competências.
  • Crença de que sempre haverá a demanda para o desenvolvimento de novas competências e o que hoje é exigido para a boa execução de um trabalho, poderá agregar novas exigências amanhã. Estas premissas devem ser difundidas até que façam parte da cultura geral e serem internalizadas nas atitudes e no comportamento de todos os membros da organização. Só assim, a empresa poderá identificar e avaliar o perfil de cada colaborador e alcançar excelência empresarial.
por Simoni Casagrande DalCol para o RH.com.br

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